Climatização hospitalar

São vários os estudos que associam as mortes decorrentes de ondas de calor à falta de equipamentos de ar condicionado, dentro das próprias unidades hospitalares. Um estudo de 2008 do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) considerou que nos internamentos em serviços com ar condicionado houve uma redução do risco de morrer em 40%. Já passaram mais de 10 anos e a climatização ainda não é uma realidade em todos os serviços do Serviço Nacional de Saúde: cerca de um quinto das salas dos hospitais e centros de saúde a nível nacional não têm ar condicionado. A importância da climatização hospitalar é o tema deste artigo.

O que implica a climatização hospital

Quando falamos em climatização hospitalar não estamos apenas a ter em conta o controlo de temperatura. Um bom sistema de climatização em ambiente hospitalar deve protagonizar o conforto térmico, aliado à melhoria da qualidade do ar, para além de combater doenças de transmissão aérea, evitando o risco de infeções no local. Arrefecer, aquecer, humidificar ou purificar… Tudo em função do objetivo de conseguir o conforto para os indivíduos, bem como a higienização e pureza do ar.

Todavia, um hospital está organizado de forma compartimentada, pelo que o projeto de climatização deverá ter em conta as diferentes áreas e apresentar soluções de acordo com as respetivas necessidades.

Diferentes ambientes a climatizar

Ambientes Protetores –  ocupados por pacientes imunocomprometidos com alto risco de desenvolvimento de infeção fúngica filamentosa. O que se deseja é proporcionar um ambiente isolado que não permita a penetração de contaminantes transportados pelo ar. Aqui a vertente de purificação é essencial.

Ambientes de isolamento por risco de infeção por aerossóis – são os ambientes utilizados para o isolamento de pacientes com suspeita ou confirmação de infeções transmitidas por aerossóis. O que se deseja é criar uma barreira para evitar a saída do contaminante gerado pelo paciente que possa contaminar os ambientes contíguos.

Ambientes de Cirurgia – espaços com controlo de infeção que permitam procedimentos cirúrgicos invasivos, que necessitam de anestesia e/ou equipamentos de suporte de funções vitais. Aqui está em foco a proteção do paciente quanto a risco de infeção devido à condição de exposição, bem como a da equipa médica.

Ambientes Neutros – são os locais usados pelos profissionais de saúde, pacientes, acompanhantes e visitantes em que o nível de risco de contaminação é baixo.

Ambiente comuns – são os demais ambientes dos hospitais, assim como os ambientes não diretamente relacionados com os serviços assistenciais, tais como a entrada, escritórios administrativos, auditórios, bibliotecas, entre outros.

Regras de climatização de um hospital

Num contexto normativo informal, sem sermos exaustivos na discriminação, há que:

  1. Definir as condições de conforto térmico e de higiene que devem ser requeridas nos diferentes espaços do hospital, em consonância com as respetivas funções;
  2. Melhorar a eficiência energética global, não só nos consumos para climatização mas em todos os tipos de consumos de energia que neles têm lugar;
  3. Impor regras de eficiência aos sistemas de climatização que permitam melhorar o seu desempenho energético efetivo e garantir os meios para a manutenção de uma boa qualidade do ar interior, quer a nível do projeto, quer a nível da sua instalação, quer durante o seu funcionamento, através de uma manutenção adequada;
  4. Monitorizar com regularidade as práticas da manutenção dos sistemas de climatização como condição da eficiência energética e da qualidade do ar interior dos hospitais.

Climatizar o ambiente hospitalar para…

Garantir conforto térmico e aumentar a qualidade do ar. Estas são as máximas da climatização hospitalar e daqui resultam muitas outras vantagens. O menor tempo de estadia dos pacientes é uma de estas. Não há dúvidas de que um ambiente bem climatizado diminui a propagação de doenças transmitidas pelo ar, contribuindo também para a diminuição do risco de infeções hospitalares, responsáveis pelo prolongamento da estadia do paciente. Além disso, num espaço confortável, saudável e com a temperatura ideal os pacientes progridem em bem-estar, o que tem influência na sua recuperação. A par do bem-estar dos pacientes, o mesmo se objetiva para toda equipa médica, enfermeiros, assistentes e colaboradores. Os níveis de desempenho dependem diretamente do ambiente, não há dúvidas! Manter as infraestruturas, materiais e demais equipamentos nas melhores condições integra também uma lista extensa de vantagens.

Manutenção do ar condicionado hospitalar

Os contaminantes biológicos, como fungos, bactérias e ácaros alimentam-se de matéria particulada (pólen, fragmentos de insetos, escamas de pele humana e pelos) como substrato, multiplicam-se, dobrando a população a cada 20 segundos. Surtos de infeção hospitalar podem estar associados à contaminação do sistema de ar condicionado por estes agentes.

A veiculação de microrganismos pelo ar deve ser reconhecida como fonte potencial de infeção e a exposição de profissionais e pacientes a diversos poluentes não pode ser ignorada, pois os materiais particulados nos ambientes ficam em suspensão no ar e pode demorar até 15 dias para sedimentar. Para sua remoção é necessário que o ar seja filtrado, aumentando o seu nível de higienização.

Faltando uma rotina adequada de procedimentos básicos de manutenção de equipamentos de ares condicionados, como troca e limpeza de filtros, limpeza de alhetas com produto antibacteriano e das grelhas, etc, toda a segurança e qualidade do ar pode estar comprometida.

Eficiência energética

Um hospital, aberto 24 horas, com inúmeros equipamentos a funcionar, tem um elevado custo de energia. Ao escolher a instalação de um sistema de climatização multi-split em vez de aparelhos individuais está a fazer a melhor opção. Por outro lado, a tecnologia inverter é a eleita em qualquer projeto eficiente energeticamente. Como já tivemos a oportunidade de explicar a tecnologia inverter é sinónimo de poupança! Sendo um circuito inteligente de climatização que permite manter a temperatura constante, evita picos de energia. O fluxo de ar é mais suave e contínuo. Por outro lado, e uma vez que o compressor funciona em baixa rotação, o nível de ruído é menor, proporcionando um maior conforto no ambiente.

Ar condicionado central

Em infraestruturas desta envergadura, o mais comum é optar-se pelo ar condicionado central. Existe uma central de ar, com apenas uma unidade exterior (condensadora) e várias unidades interiores (evaporadoras). A diferença está na ligação entre estes dois polos. A mais comum é através de um sistema VRF. Em tradução livre, estamos a falar de um sistema de “Fluxo de Gás Refrigerante Variável”, do inglês “Variable Refrigerant Flow”. O que acontece é a variação do fluxo do gás refrigerante, distribuindo o ar de acordo com a capacidade que é solicitada por cada evaporadora (unidade interior). Trata-se de um sistema multi-split mas de elevada potência, com uma unidade condensadora (exterior) muito robusta que pode ser ligada a diversas unidades interiores de uma forma independente, podendo chegar a 64 máquinas.

A Megaclima tem mais de duas décadas de experiência no mercado da climatização. Uma empresa credível e premiada, com uma equipa técnica de excelência, pode ajudá-lo desde o mais pequeno e simples até ao maior e complexo projeto de climatização.  

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